Os gráficos do IBGE e da Resenha Regional do Banco do Brasil apontam para um crescimento de 3,7% no PIB do Piauí em 2025 (o maior entre os estados do Nordeste) e o governador Rafael Fonteles, claro, exalta o chamado “milagre piauiense”, ancorado no avanço do modelo agroexportador.
O agro coloca o Piauí em 2025 com o maior PIB do nordeste mas a sensação de quem mora nas regiões urbanas é outra.
Fora das planilhas e dos discursos oficiais, o cenário nas feiras, nos mercados e no cotidiano da população piauiense revela um contraste: o crescimento não tem chegado com a mesma força aos bolsos e à mesa da população.
O que está se desenhando é um retrato oposto: salários corroídos, inflação nos alimentos e uma crescente sensação de empobrecimento.
Uma simples conversa que tive estes dias com uma dona de casa na fila da farmácia e o lamento: “O dinheiro não vale mais nada”.
É o dilema de um estado que aprendeu a crescer, mas ainda não aprendeu a distribuir.
A questão que ficou é… crescemos, mas pra quem?