O Centro de Memórias dos Povos da Serra da Capivara já é uma realidade. O espaço, que integra as instalações do Instituto Olho d’Água (IOd’A), foi recentemente inaugurado na cidade de Coronel José Dias e conta com incentivo do Sistema de Incentivo Estadual à Cultura (Siec), reafirmando o compromisso da Secretaria da Cultura (Secult) com a valorização da história e identidade dos povos da região. 

Reconhecido como Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o centro tem um papel fundamental na preservação da memória coletiva das comunidades que habitavam a região antes da criação do Parque Nacional Serra da Capivara. Além disso, foi um dos vencedores do Prêmio Pontos de Memória 2023 – Edição Helena Quadros, destacando-se por seu trabalho na museologia social e no fortalecimento da identidade cultural da região. 

O Centro de Memórias nasce com a missão de manter viva a memória das famílias que viveram na Serra da Capivara e que, com a transformação da área em um parque nacional, precisaram deixar suas terras. “Esse espaço não é apenas um museu, mas um monumento vivo que resgata e mantém viva a cultura do povo. Aqui, os visitantes poderão conhecer histórias, objetos, tradições e vivências que compõem o patrimônio imaterial da nossa gente”, destaca a secretária da Cultura, Ingrid Persi. 

O centro conta com uma biblioteca comunitária, além de projetos que envolvem as mulheres rendeiras da região e diversas outras manifestações culturais. O espaço está sempre em movimento, ampliando sua coleção com novos acervos e promovendo atividades que incentivam a participação da comunidade. 

Atualmente, duas exposições fixas fazem parte do acervo do Centro; “Filhos das Serras”, um verdadeiro retrato da vida das pessoas que precisaram deixar suas casas na Serra da Capivara. O diferencial está no envolvimento direto da comunidade: o acervo é formado por objetos e artefatos doados por moradores e seus descendentes, criando uma forte conexão emocional entre o espaço e as famílias da região. 

A iniciativa cresce continuamente à medida que mais pessoas contribuem com seus pertences, enriquecendo o patrimônio cultural da Serra da Capivara e consolidando a museologia social como um instrumento essencial na preservação da memória local.