Sem a presença da cúpula do Congresso e do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um evento simbólico para lembrar os 2 anos dos ataques do 8 de Janeiro nesta 4ª feira (8.jan.2025).
Em uma cerimônia com 4 atos no Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes, o petista reapresentará 21 obras de arte, entre pinturas, esculturas e artefatos históricos, restauradas depois de terem sido vandalizadas há 2 anos.
O evento começa às 9h30 no Planalto e se estende para a Praça dos Três Poderes. Os comandantes das Forças Armadas estarão presentes, a pedido de Lula. O presidente deve usar o seu discurso para defender a democracia e as instituições.
Eis o itinerário:
Os chefes do Legislativo e do Judiciário não devem comparecer. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, será representado pelo ministro Edson Fachin, vice-presidente da Corte. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, está em férias no exterior. Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, também está fora de Brasília e não confirmou presença.
O evento no Planalto é organizado pela Presidência. Já o ato na praça é público. A organização ficou a cargo do PT Nacional e do diretório do Distrito Federal. Ambos não quiseram divulgar listas de confirmados. O indicativo é de que poucos movimentos sociais e sindicais irão prestigiar a programação do chefe do Executivo. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) confirmou presença.
Restauração concluída
Vinte das obras que retornam ao Palácio do Planalto depois de terem sofrido danos com a invasão do 8 de Janeiro foram restauradas em um laboratório montado no Palácio da Alvorada. A restauração começou em 2 de janeiro de 2024, segundo o Planalto.
Conforme o governo, cerca de 50 profissionais trabalharam diretamente no restauro durante mais de 1.760 horas. As atividades de restauro contaram com a produção de 20 relatórios técnicos detalhando o processo de recuperação de cada obra.
A única peça que não foi restaurada no Brasil foi o relógio de Balthazar Martinot, datado do século 17, que pertenceu a Dom João 6º. O restauro do item foi feito na Suíça, depois que o Brasil assinou um acordo de cooperação técnica com a embaixada daquele país. Segundo o Planalto, não houve gastos com o conserto.
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