Em entrevista ao ielcast, podcast apresentado pelo jornalista Ieldyson Vasconcelos, o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) traçou um panorama da sua gestão e as articulações relacionadas ao pleito de outubro, principalmente no que versa a disputa majoritária no Estado e em âmbito federal.
No episódio liberado na noite de quarta-feira, 04 de maio, o petista indica que 'não tem vergonha de nada do que fez' durante os seus mandatos. "Saí pela porta da frente", dispara.
Entre os marcos ele destacou a educação, pontuando que o Piauí foi o primeiro estado brasileiro a ter ensino técnico e educação superior em todos os municípios. “Piauí foi o que mais avançou na educação”, frisou.
Dias pontua que o Piauí é pioneiro em diversos âmbitos no ensino, inclusive com a maior rede de ensino técnico, a maior rede de pós-graduação do país. O ex-governador crava que os resultados na área refletem a importância que a educação teve na sua trajetória.
O petista elencou que o Piauí hoje é reconhecido nacionalmente, deixando de ser o mais atrasado na educação do Brasil no início do século XXI para que o que mais avançou.
"Esse ano primeiro Estado e único do Brasil que tem educação pública superior em todos os Estados do Brasil, estive em um encontro do Todos para a Educação em São Paulo, em que recebi uma homenagem e um dos pontos que foi realçado foi a evolução, de Estado mais atrasado na educação do Brasil no século XXI ser o que mais avançou, mais avançou em redução do analfabetismo, mais avançou em matrículas, a maior rede de educação técnica, a maior rede de educação superior, e agora, a maior rede em pós-graduação, é o que tem proporcionalmente mais municípios com alternativa de pós-graduação, pode fazer uma especialização, um mestrado, em cerca de 80 municípios do Piauí, então a educação me abriu portas", disse.
Wellington Dias tece críticas ferrenhas à gestão federal no ielcast (Foto: Divulgação)
"Havia uma naturalidade na morte"
De uma família humilde, Wellington Dias relembrou no ielcast a morte de dois irmãos antes de completarem 1 ano de idade, constantando o quão era elevada a mortalidade infantil no Estado. O ex-governador aponta que esse cenário se modificou ao longo das últimas duas décadas e lamenta os óbitos que poderiam ter sido evitados caso o Estado tivesse no final do século passado uma rede de saúde mais avançada.
"Com certeza, um fato que não era só isolado da minha mãe, era uma realidade. O fato é que ali havia uma naturalidade na morte, tinha uma história que já vivi casado com a Rejane (Dias) de uma figura que a gente ainda chega a ser parente do lado dela, e ele morava perto do Aeroporto de São João do Piauí e um dia chegamos e disseram morreu um filho de Zé Amojado, ele desesperado e a mulher dele chegou a bateu no ombro dele e disse que a gente faz um novo", afirmou.
De acordo com o ex-gestor, à época a mortalidade infantil era de 120 para cada 1 mil no Piauí, índice que atualmente deve girar em torno de 13 para cada mil.
Ademais, o petista também contou como o seu nome foi escolhido, contando ter sido uma homenagem para um jovem com deficiência que a sua mãe cuidava. "A minha mãe conta que no meu caso para poder estudar foi para Itainopólis e ela cuidava de um jovem, pessoa com deficiência, e o nome era Wellington; e ali naquele período ela se apegou muito a esse garoto e quando veio lá na frente ele veio a falecer e quando se casou combinou com meu pai de fazer essa homenagem".
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