A inflação oficial do país alcançou 0,56% em outubro e não deu alívio ao bolso dos consumidores. Em 12 meses, o índice teve alta de 4,76%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo governo — 4,5%. Entre os maiores responsáveis pelo aumento dos preços, estão itens como etanol, energia elétrica e aluguel de veículos.
No topo do ranking de itens que mais encareceram no ano, estão a tangerina e a laranja lima, com altas de 101,78%, e 86,9%, respectivamente. O grupo frutas, do qual os itens fazem parte, registrou aumento de 16,04%.
Outros responsáveis pela aceleração da inflação nesta categoria foram o abacate (73,38%), laranja pera (66,37%), laranja baía (42,98%) e limão (23,11%).
Aumento do preço dos combustíveis
O preço dos combustíveis para veículos também ficou mais caro em 2024. O grupo teve aumento de 7,22% no acumulado dos últimos 12 meses, com destaque para as altas do etanol (12,02%), gasolina (7,08%) e gás veicular (6,87%).
O único item que apresentou retração no período foi o óleo diesel (-1,43%).
Aluguel de veículos e metrô em alta
No acumulado dos últimos 12 meses, o preço do aluguel de veículos foi outro item que pesou no bolso dos consumidores. Nesse período, a alta foi de 31,72%. O grupo “veículo próprio”, do qual ele faz parte, teve alta de 2%.
Conta de luz mais cara
Outro item que ficou mais caro nos últimos 12 meses foi a energia elétrica residencial. A alta alcançou 11,58% no período. Desde 1º de outubro, está vigente a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,877 a cada 100 kwh consumidos, a partir de 1º de outubro.
Preços por região
Em outubro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, acelerou para 0,56%. Regionalmente, a maior variação ocorreu em Goiânia (0,8%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (9,62%) e do contrafilé (6,53%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,11%), por conta dos recuos da gasolina (-2,88%) e do ônibus urbano (-6,22%).
Moradores de Belém, Campo Grande, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís também sentiram impacto mais forte dos preços em outubro, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.
Para o cálculo do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 29 de outubro de 2024.