O Banco Central não sinalizou nesta quarta-feira (6) qual deve ser o patamar da alta da Selic para dezembro. A autoridade monetária disse que “o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude” dependerão do “firme compromisso de convergência da inflação à meta”.
O órgão soltou um comunicado depois de aumentar a alíquota base em 0,5 ponto percentual, como sempre faz depois de tomar as decisões. O texto destaca a necessidade do governo de melhorar as expectativas das contas públicas para aliviar as expectativas de inflação. Eis a íntegra (PDF – 47 kB).
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influencia diretamente as alíquotas cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de aplicações. Com o aumento desta 4ª feira, está em 11,25% ao ano.
O motivo para a elevação da taxa pelo Copom (Comitê de Política Monetária) é o controle da inflação. As perspectivas a longo prazo para os índices de preço pioraram no decorrer de 2024. A ferramenta disponível para frear o indicador é aumentar a Selic, pelo modelo de política monetária ortodoxa seguido pelo Brasil.
As taxas mais elevadas encarecem o crédito, o que desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
A decisão de deixar o indicador em 11,25% foi unânime. Os 9 diretores optaram pela alta, incluindo o futuro presidente da autoridade, Gabriel Galípolo.
Há 3 fatores principais na mira do Banco Central:
“A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio”, diz o comunicado.
O Banco Central libera a ata da reunião do Copom na 3ª feira (12.nov). O documento é mais extenso e traz detalhes sobre a decisão dos diretores sobre o juros.