O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça afirmou que desconfiar de Deus e das instituições é um direito dos cidadãos. Ao defender a liberdade de expressão, ele afirmou que são as ideias que devem ser atacadas, e não as pessoas.
“A Justiça Eleitoral brasileira é confiável e digna de orgulho. Se, apesar disso, um cidadão brasileiro vier a desconfiar dela, este é um direito. No Brasil, é lícito duvidar da existência de Deus, de que o homem foi à Lua e também das instituições”, declarou.
Segundo o magistrado, “mais do que um direito individual, a liberdade de expressão tem uma dimensão coletiva” e a sua conservação protege “toda a sociedade que tem pelo canal da livre manifestação de ideias e pensamentos assegurado o acesso à informação”.
A declaração se deu durante a leitura do seu voto no julgamento sobre a responsabilização das redes sociais pelo conteúdo ilícito publicado por usuários. Mendonça ainda não terminou de ler o seu voto, mas indicou uma divergência dos colegas, que votaram para derrubar a exigência de ordem judicial para a remoção de publicações.