O recente ataque iraniano a Israel pode ter impactos significativos no mercado de combustíveis. O Irã, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, lançou mísseis contra Israel, o que elevou os preços do petróleo nas principais bolsas de valores. Além de oscilações no mercado financeiro, há preocupação com a distribuição da principal fonte de energia de muitos países, incluindo o Brasil.
Com a guerra envolvendo países produtores de petróleo, o preço dos combustíveis no Brasil pode ser diretamente afetado, segundo economistas. Isso pode gerar um aumento nos preços ao consumidor final e influenciar a cadeia de distribuição de alimentos, já que o transporte depende dos combustíveis.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, o uso de reservas estratégicas mundiais pode ajudar a minimizar os impactos no mercado.
"Vários países do mundo detêm reservas estratégicas, sejam em depósitos subterrâneos ou em navios petroleiros fundeados em alguns portos. O uso dessas reservas pode reduzir o efeito no preço do petróleo e no abastecimento", afirmou.
Além dos combustíveis, o conflito pode afetar outros setores da economia brasileira. Segundo Mauro Rochlin, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a incerteza gerada pelo conflito aumenta a aversão ao risco, o que pode resultar em uma elevação da taxa de juros, com efeitos negativos sobre o emprego e o valor do dólar.
"Essa maior aversão ao risco que se instaura, ela leva a uma taxa de juros maior. Isso também prejudica o emprego, e o dólar pode ficar mais caro", diz.
Mín. 23° Máx. 39°