O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (6) um levantamento alarmante: 160.485 brasileiros vivem em domicílios improvisados no país. O estudo faz parte do "Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos", cujos dados foram coletados entre agosto de 2022 e maio de 2023.
Dos brasileiros que residem em domicílios improvisados, 56.600 moram em barracas ou tendas, enquanto 1.875 vivem em veículos. A maior concentração desses moradores está no Estado de São Paulo, com exceção dos que vivem em veículos, predominantes no Amazonas. O IBGE também destaca que São Paulo registrou 7.000 pessoas vivendo em estruturas improvisadas ou degradadas, representando 46,5% e 40,3% do total nacional em cada categoria.
Na região Centro-Oeste, apesar da baixa densidade populacional, houve uma concentração significativa de pessoas vivendo em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido.
Os dados revelam que a população masculina predomina em todos os tipos de domicílios improvisados.
Domicílios coletivos improvisados
O levantamento também analisou domicílios coletivos improvisados, com destaque para penitenciárias, onde 479.191 pessoas vivem, sendo 96% homens. A região Sudeste concentra 52% dessa população. Em segundo lugar no ranking estão os asilos, com 160.784 moradores, em maior número no Sudeste e Sul do Brasil.
O IBGE informou que futuros estudos caracterizarão melhor essas populações, considerando raça, cor e a divisão entre áreas rurais e urbanas.
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