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Mudança da Lei da Ficha Limpa será votada no Senado após eleições

Relator pediu mais tempo para convencer senadores sobre projeto que altera começo da contagem de prazo de inelegibilidade

03/09/2024 às 21h46 Atualizada em 04/09/2024 às 11h14
Por: Portal SRN
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Imagem: Reprodução
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 Senado adiou para depois das eleições municipais a votação do PLP (projeto de lei complementar) 192 de 2023, que antecipa a contagem de início e o prazo de duração da inelegibilidade estabelecido pela Lei da Ficha Limpa. O texto beneficia políticos condenados pela Justiça e já foi aprovado pela Câmara.

A votação estava marcada para esta 3ª feira (3.set.2024), mas foi alvo de críticas de senadores de diferentes espectros políticos. O relator Weverton (PDT-MA) pediu mais tempo para costurar apoio ao projeto. 

Hoje, a lei define que o político que se tornar inelegível (ficar impedido de se candidatar) não poderá concorrer nas eleições que se realizarem durante o restante do mandato e nos próximos 8 anos ao término da atual legislatura, caracterizada pelo período de 4 ou 8 anos.

Pela proposta, o período de inelegibilidade passaria a ser único, de 8 anos, contados a partir da data da decisão que decretar a perda do mandato, da data da eleição na qual se deu a prática abusiva, da data da condenação por órgão colegiado ou da data da renúncia ao cargo eletivo, conforme o caso. 

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Com isso, o começo do prazo de inelegibilidade seria antecipado. As novas regras, caso aprovadas, terão aplicação imediata, até mesmo para condenações já existentes.

O texto determina também que, caso o político tenha condenações posteriores, a inelegibilidade seria unificada em até 12 anos.

A proposta é de autoria da deputada Dani Cunha (União Brasil-RJ), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos).

Defensores do projeto afirmam que o texto beneficiaria condenados injustamente e por crimes considerados mais leves.

“Temos visto várias injustiças cometidas. Por exemplo, foi cassado o mandato do deputado mais votado do Paraná, Deltan Dallagnol [Novo], sob um argumento que não convence. Houve esse julgamento injusto que pode resultar em inelegibilidade de até 8 anos”, disse Sergio Moro (União Brasil-PR).

O relator nega que o texto seja para beneficiar políticos específicos. 

“Me perguntaram se esse projeto beneficiará A ou B, o ex-presidente Jair Bolsonaro [PL], por exemplo. Estava fazendo as contas, se ele estiver 12 anos de inelegibilidade, quando voltar para a vida pública, estará com 84, 85 anos. Ainda vai disputar uma eleição. Se fosse o Lula [PT], se fosse alguém do campo político?”, perguntou. 

Já os críticos ao projeto afirmaram que a mudança representaria um retrocesso a uma lei que teve apoio popular. Também criticaram a discussão às vésperas das eleições municipais.

“A Lei da Ficha Limpa veio para moralizar a política. Se aprovarmos as mudanças, a contagem dos 8 anos começa a contar da hora que o político foi condenado. Mudar a Lei da Ficha Limpa numa hora dessa? É um momento muito inoportuno. Estamos amaciando a Lei da Ficha Limpa”, disse Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o projeto voltará a ser discutido em sessão presencial, o que só deverá ser feito de outubro em diante.

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