Sexta, 18 de Abril de 2025
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Governo do Piauí declara a Capoeira Patrimônio Cultural Imaterial do estado

O decreto leva em consideração a tradição de ensino da capoeira, como os ofícios, os saberes, as técnicas desenvolvidas ao longo do tempo

Portal SRN
Por: Portal SRN Fonte: G1/PI
13/02/2025 às 07h58 Atualizada em 16/02/2025 às 08h49
Governo do Piauí declara a Capoeira Patrimônio Cultural Imaterial do estado
Governo do Piauí declara a Capoeira Patrimônio Cultural Imaterial do estado; entenda — Foto: Reprodução

O Governo do Piauí, por meio da Lei nº 8.596, de 04 de Fevereiro de 2025, publicada no Diário Oficial, declarou a Capoeira como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do estado do Piauí. A decisão engloba as diversas modalidades dessa expressão cultural como parte da história e cultura do Estado.

Por ser imaterial, a nova lei leva em consideração a tradição de ensino da capoeira, como os ofícios, os saberes, as técnicas desenvolvidas ao longo do tempo, as formas de expressão cênicas e musicais, e também seu modo de aprendizado passado de geração em geração.

Para o professor de capoeira Daniel Ferreira, a definição como patrimônio cultural traz respaldo para os praticantes, torna a capoeira melhor vista na sociedade e faz com o que a população procure saber e estudar essa forma de expressão que faz parte da história do país.

"Ela ainda é um pouco mal vista, por algumas pessoas que não entendem nem procuram saber da história da capoeira. Ainda mais que ela é brasileira. Mas isso [declaração de patrimônio imaterial] traz grande importância, grandes benefícios para todo praticante de capoeira, principalmente para o professor de capoeira, que vive de capoeira", relata o professor.

Ao contrário de outros estados do Nordeste, o Piauí não possui registros de prática da capoeira antes do final dos anos 1960. Nesse período, muitos jovens nordestinos, inclusive piauienses, viajaram para o Sudeste e Centro-Oeste e tiveram contato com a capoeira nos estados dessas regiões, trazendo-a esporadicamente para o Piauí.

De acordo com os pesquisadores Celso de Brito, doutor em antropologia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), e Robson da Silva, doutor em educação pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi), a prática se fortaleceu nas décadas de 1970 e 1980, quando se consolidaram quatro grandes linhagens da capoeira em Teresina.

No artigo "A capoeira teresinense: linhagens, federações e suas posições no espectro político", publicado em 2021 na revista acadêmica Entrerios, os pesquisadores citam as linhagens dos Escravos Brancos, do antigo grupo Senzala, da Associação Beira-Mar Capoeira e do grupo Mocambo.

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