O presidente Lula (PT) não nota que está encastelado. Aliados e apoiadores defendem o petista, mas se dizem preocupados com a distância que ele está da administração.
O ponto é que Lula acaba blindado em muitas situações. Para aliados, inclusive os que frequentam o Palácio do Planalto, quase ninguém fala a verdade para o presidente —e o tempo para respostas em momentos-chave muitas vezes depende disso.
Um debate antigo no Planalto é quem fala as verdades ao presidente. Para aliados, a cúpula governista com acesso direto resiste a passar certas informações a Lula, algo que o próprio já cobrou em público. O resultado é que ele acaba blindado.
Além de evitarem más notícias, faltam pessoas que "digam a real". O questionamento que fazem aliados é: quem o retruca? Se, nos primeiros mandatos, havia figuras como José Dirceu, Gilberto Carvalho, Luiz Gushiken e Luiz Dulci, que batiam boca com o petista (e o chamavam de "Lula", não de presidente), hoje quase ninguém cumpre esse papel.
Falar mais com a imprensa é só parte deste plano. Sidônio quer que o presidente participe mais de pautas estratégicas, e não de diversos eventos no Palácio do Planalto, recheados de falas longas e vídeos institucionais que dispersam a atenção, e dê mais entrevistas, viaje e participe de material online.
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