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Gasolina, álcool e diesel ficam mais caros a partir de hoje

Os reajustes devem pressionar a inflação, principalmente a de alimentos, trazendo mais dor de cabeça ao governo Lula (PT), que tenta conter a subida de preços.

01/02/2025 às 10h40 Atualizada em 01/02/2025 às 18h35
Por: Weslley Moreira / Portal SRN
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Arquivo - Combustíveis ficarão mais caros a partir de hoje Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress
Arquivo - Combustíveis ficarão mais caros a partir de hoje Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress

A gasolina, o álcool combustível (etanol) e o diesel ficam mais caros a partir de hoje em todo o Brasil. Os reajustes devem pressionar a inflação, principalmente a de alimentos, trazendo mais dor de cabeça ao governo Lula (PT), que tenta conter a subida de preços.

A gasolina e o álcool serão reajustados apenas por causa da elevação do percentual do ICMS. O imposto para esses combustíveis sofrerá aumento médio de R$ 0,10 por litro, elevando seu valor para R$ 1,47.

O aumento da alíquota do ICMS foi definido no fim do ano passado, e não foi uma decisão do governo federal. A determinação partiu do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários da Fazenda de todas as Unidades Federativas.

O diesel sofrerá dois reajustes. Como sua defasagem é maior, as distribuidoras pagarão R$ 0,22 a mais por litro do combustível, enquanto o ICMS sobre o produto também vai aumentar a partir de hoje. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços sofrerá reajuste de R$ 0,06 por litro do diesel. Enquanto o litro do combustível passará a custar R$ 3,72 para as distribuidoras, o ICMS ficará em R$ 1,12 por litro, em média.

O reajuste do diesel se deve também à diferença entre o que é cobrado por esse combustível no Brasil e no exterior. O preço no país está defasado em 15%, segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

A estatal afirma que o preço do diesel caiu nos últimos anos. "A Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel", diz em nota. "Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ -1,20 por litro ou 24,5%." Pela primeira vez em 13 anos, a petroleira fechou um ano inteiro —2024— sem reajustar o combustível.

Diante do temor de que o governo interviesse nos preços da estatal, investidores pressionavam a Petrobras pelo aumento. "A ex-presidente Dilma [Rousseff (PT)] tentou segurar a inflação evitando reajustes nos combustíveis e quase quebrou a Petrobras", diz José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo).

A contenção de preços no governo Dilma gerou uma perda de R$ 100 bilhões à petroleira. A estimativa, que considera o que a empresa deixou de ganhar e o que ela gastou para segurar os preços, é de Mauro Rodrigues da Cunha, à época conselheiro da estatal, em depoimento à CPI da Petrobras, em 2015.

A Petrobras anunciou no ano passado que havia mudado sua política de reajuste. Ela já não segue a política de paridade internacional, que reajustava o preço dos combustíveis de acordo com as variações do dólar e da cotação do petróleo fora do Brasil.

A representação dos motoristas de carga lamentam o reajuste. "O diesel é responsável por aproximadamente 35% dos custos operacionais no transporte rodoviário de cargas", afira o presidente da FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo), Carlos Panzan. "A elevação desse insumo impacta diretamente o setor, especialmente em segmentos como o agronegócio, que dependem de rotas longas e caminhões pesados."

Inflação alta e comida ainda mais cara

Esses reajustes devem aumentar a inflação e, principalmente, o preço dos alimentos. "No Brasil quase tudo é transportado por caminhões. Então, se aumentou o custo do frete, esse valor será passado para os produtos e repassado para o consumidor", diz Gouveia.

O impacto no aumento do diesel sobre a inflação será "significativa e abrangente", embora indireto. "O diesel é fundamental no frete, que afeta toda a cadeia de alimentos e produtos importantes", diz Alexandre Espirito Santo, economista da Way Investimentos e coordenador de Economia e Finanças da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

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